Reiki - A Energia Que Cura

Entrevista dada a Revista Sexto Sentido pela Mestra Reiki Marilda Jorge.

Mestres Reiki mostram com exclusividade à Sexto Sentido como essa forma de aplicação de energia pode atuar em nossas vidas e se tornar um verdadeiro convite à felicidade.

Restabelecer o equilíbrio natural do corpo, alcançar um profundo estado de relaxamento, harmonizar mente, corpo, espírito e emoções. Esses são alguns dos benefícios do reiki, uma técnica de cura milenar, redescoberta no Japão há mais de cem anos. O reiki também tem sido bastante usado na complementação de tratamentos médicos convencionais, na cura de males que vão desde insônia até inflamações mais agudas.

Nessa terapia, que oxigena as células e já mostrou ser uma grande arma contra o estresse, o terapeuta imposta suas mãos sobre o paciente, começando na altura da cabeça. Sentado ou deitado, completamente vestido, o paciente recebe uma energia única que, segundo os japoneses, se traduz em sabedoria universal (rei) e energia vital que permeia tudo o que existe (ki). Em outras palavras: enquanto rei é a energia universal da vida, ki é a manifestação dessa força, que nos mantêm vitalizados, atuando sobre todas as formas de vida no universo. A diferença básica entre as duas energias está em sua polaridade: a energia rei é apolar, ou seja, não possui polaridade alguma; a ki é polar, qualificando-se dentro do binômio masculino e feminino, representado pelos orientais com o símbolo do Yin e Yang.

O reiki pode ser aplicado em pessoas, animais, plantas, alimentos, bebidas, em qualquer hora ou lugar. Não é necessário conhecer anatomia, fisiologia ou sintomatologia. O importante é ser um iniciado nessa arte de curar pelas mãos e fazer isso com muito amor.

Um Pouco de História

A redescoberta do reiki se deve aos estudos do missionário franciscano Dr. Mikao Usui realizados na metade do século XIX. Durante seu trabalho como professor universitário na cidade de Kyoto, Usui foi inquirido por um de seus alunos sobre as curas milagrosas de Cristo. Esse aluno perguntou por que ninguém mais conseguia realizar tais feitos, já que Jesus havia dito, "Aquele que tem fé em mim, fará as obras que eu faço e fará obras ainda maiores do que estas". Sem encontrar resposta, o missionário licenciou-se da universidade e viajou para os Estados Unidos com o intuito de pesquisar mais sobre as curas espirituais no seminário de teologia da universidade de Chicago. Como o seminário nada lhe acrescentou, ele voltou a seu país e passou a estudar a literatura sagrada do Japão, Índia, China e Tibete buscando descobrir como os grandes avatares da humanidade, como Buda e Cristo, curavam os enfermos.

Sua procura o levou até a montanha sagrada conhecida como Koriyama. Lá, após vinte e um dias de jejum e meditação, ele recebeu através de canalização o sistema reiki, baseado em antigos ensinamentos budistas escritos em sânscrito. O Dr. Usui passou o resto da vida praticando e ensinando esse método de cura natural. Regressando a Kyoto, ele começou a ministrar o reiki nos bairros mais pobres da cidade, ajudando todos os que não tinham condições financeiras para tratar a saúde de forma adequada. Com o passar do tempo ele percebeu que era imperativo transmitir seus conhecimentos a outras pessoas — afinal, se morresse ou ficasse impedido de trabalhar a técnica poderia se perder.

Não só isso, por que não levar o reiki a outras partes do mundo? Pensando nisso, o missionário criou um sistema de iniciação para os interessados em se tornar terapeutas reiki — um aprendizado gradativo em que o participante recebe níveis cada vez maiores de energia podendo chegar ao mestrado, se for de seu interesse.

Em 1925, Mikao Usui dá o mestrado para Chujiro Hayashi, um oficial reformado da marinha japonesa. Hayashi foi seu discípulo mais importante, pois além de criar a primeira clínica em Tóquio, foi responsável pelo desenvolvimento das duas linhas reikianas que deram origem às atuais.

Uma delas é a linha oriental, derivada de vinte e dois lamas tibetanos iniciados por ele na década de 30, que se espalhou pelo Tibete e Índia. A linha ocidental foi criada por Hawayo Takata — uma americana descendente de japoneses, iniciada por Hayashi, em 1938 — e se espalhou pelos Estados Unidos e Canadá.

O Dr. Usui desenvolveu cinco princípios de vida que, se praticados juntamente com o reiki, podem conduzir à cura total do ser humano em todos os seus níveis (corpo, mente, emoções e espírito). De acordo com o texto original de Usui, os princípios são os seguintes:

* Hoje, eu não vou me preocupar
* Hoje, eu não vou me irritar
* Hoje, eu agradecerei todas as bênçãos que receber
* Hoje, eu farei o meu trabalho honestamente
* Hoje, eu serei gentil com todas as formas de vida

Os Degraus da Iniciação

A iniciação na terapia nada mais é do que uma preparação energética que o mestre reiki faz no corpo da pessoa interessada em se tornar um canal para a força curadora. Durante a iniciação os principais centros de força (chakras, meridianos, etc) são desobstruídos, limpos e ampliados, habilitando o interessado a receber a energia reikiana. Existem quatro níveis em que a pessoa pode ser iniciada, cada um com características próprias e ferramentas de cura específicas.

Nível 1 - Trabalha o corpo físico, trazendo incrementos para a saúde e o bem estar. O iniciado aplica a técnica em si mesmo ou em outras pessoas.

Nível 2 - Trabalha as emoções e o corpo mental, trazendo o desbloqueio de aspectos energéticos negativos que prejudicam a vida. Nesse nível, a pessoa fica habilitada para fazer aplicação à distância.

Nível 3 - Atua sobre o carma, dissolvendo-o e ajudando o iniciado a libertar-se de laços cármicos. Tem influência na família e ajuda a resolver conflitos entre seus membros.
Mestrado - Esse é o último nível, no qual é possível iniciar outras pessoas. Promove uma grande limpeza emocional, aumenta a intuição e a proteção, e conduz a pessoa somente pelo caminho do bem.

Após uma iniciação, a pessoa passa por um período de limpeza de vinte e um dias. Nesse tempo, seu corpo físico e corpos sutis serão purificados. Essa purificação é percebida através de sonhos, mudança nos hábitos alimentares, aumento ou diminuição do sono, sudorese, etc...

No reiki não há tempo exato para mudança de nível. Em geral, os iniciados são os responsáveis por querer o avanço, não os mestres. Na década de 80, quando o planeta Terra vivia momentos mais tensos e se apresentava mais ‘denso’, era preciso aguardar meses ou até anos para galgar o próximo degrau. Hoje, vinte e um dias de intervalo para uma boa limpeza emocional e o participante estará pronto para uma nova etapa.

Os Símbolos

A partir do Nível 2 o iniciado recebe os primeiros símbolos sagrados do reiki —instrumentos que permitem potencializar a cura e efetuá-la em vários níveis além do físico, sem a barreira do espaço-tempo. Esses símbolos são um instrumento de cura muito valioso, pois permitem a aplicação da técnica a distância. Eles também servem para dissolver os padrões físicos, emocionais e mentais negativos, criados por nós de maneira consciente ou inconsciente, que acabam nos colocando em situações desagradáveis no decorrer da vida.

Cada símbolo possui um desenho próprio, uma característica energética e um nome em japonês, também chamado de sutra — uma palavra japonesa que significa som sagrado, equivalente à palavra mantra. Para ativar a energia de cada símbolo é necessário desenhá-lo e repetir três vezes o sutra correspondente ao símbolo; isso liberta seu potencial energético e ativa a energia do reiki para ajudar quem estiver precisando. A repetição contínua de um sutra durante um tratamento serve para aumentar a concentração do terapeuta, fazendo com que uma maior quantidade de energia seja canalizada. Por uma questão de tradição, esses símbolos só podem ser revelados para os iniciados em reiki a partir do Nível 2.

Para quem tiver interesse em se iniciar no Reiki, basta clicar aqui para enviar um email.

Luz e Paz,

Marilda Jorge