Texto de Amadeu Epifanio • Rio de Janeiro (RJ) obrigada pela colaboração.
É impressionante como ouvimos diariamente, quase que as mesmas notícias de violência, como se passasse a mesma matéria do dia anterior. O que sempre assusta a população e poder público, mais do que a demonstração de agressividade e ousadia é a quantidade de seu contingente (quase sempre composto por adolescentes, jovens e até mesmo crianças), o que intimida pela disparidade de números, entre estes e o poder público.Partimos da afirmativa de que o "mal" existe e está em toda parte. Este mal é toda forma de contaminação à que estamos sujeitos, nós e os nossos filhos.
Televisão, internet, sites de relacionamento, amizades (?), são as principais formas de contaminação. Entende-se aqui, por contaminação, apenas a transferência de informação. Se de boa ou má procedência, prejudicial ou não, são fatores que falaremos mais adiante.
Na escola de nossos filhos (do maternal à universidade), há contaminação em larga escala e que pode ser prejudicial, se os pais não monitorarem as idéias (e informações novas) que eles trazem diariamente na cabeça, quase sempre sem questionar sua a veracidade e procedência.
Aonde eu quero chegar?
Eu disse que o mal existe, através das influências que nós recebemos. Se boas ou más, vai depender do nosso discernimento em saber avaliá-las e que, por sua vêz, vai depender se até o presente momento (em que estou sendo influenciado), eu já tiver recebido, por parte da minha família, informações indispensáveis que alimentarão o meu mecanismo de defesa, fazendo com que o mesmo reaja, aceitando ou negando (em todo ou em parte), as informações que por hora, estou recebendo.
Essas informações indispensáveis são aquelas capazes de promover a segurança emocional e o sentimento de "enquadramento" familiar (o mesmo que deixa os filhos desorientados, quando da omissão ou negligência dos pais, por razões variadas).
São referências como: União, convivência, cumplicidade, afeto, confiança mútua, princípios éticos, moralidade, civilidade, religiosidade e respeito, passadas senão verbalmente, apenas pelo convívio, transferindo aos filhos a segurança emocional tão necessária.
É a falta dessas referências e em larga escala, que está fazendo milhões de jovens migrarem para a violência, fazendo com que o "mal" reine em absoluto, em razão de não ter este, concorrente do bem e à altura, na cabeça desses jovens.Se a preferência for o tráfico, não é preciso muito, pois o tráfico o aceita de qualquer jeito e como lá existe "plano de carreira", ele se dedica como pode ATÉ A MORTE.
Por outro lado o tráfico não exige experiência anterior na função e, por isso mesmo, aceita sempre o PRIMEIRO IDIOTA QUE APARECE principalmente os de classe média e alta.
Se quisermos realmente cortar o "mal" pela raíz, devemos investir mais nas famílias, com campanhas de conscientização e se necessário, até com sansões, àquelas cujo os filhos ainda residem com os pais, porém, causando transtornos à sociedade, de toda sorte.
Se inocentes ou não, pela visível omissão, só a justiça decidirá.
O que faz vazar centenas ou milhares de jovens na violência (anualmente), chama-se NEGLIGÊNCIA, e cujo qual têm suas raízes na família.
ISSO TEM QUE PARAR!
2 comentários:
O texto é bem verdadeiro, embora existam muitos outros fatores que levem os jovens à marginalidade ... mas, a proposta dele de que os pais é que devem ser julgados é complicada. Julgados por uma justiça injusta que, na maioria das vezes, está vendida para o sistema, que protege os bandidos, sejam eles de colarinhos brancos ou de camisetas regatas ...
Triste tempos em que não se pode confiar em quem é pago pra nos dar proteção e justiça!
Andrey, from Venice!
Tristes tempos sem berço...
Já programei para os próximos dias uma matéria sobre este termo "berço"... tão esquecido e provocando tantas situações terríveis!!!!
beijos.
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