Texto enviado por Joemir Rosa, obrigada pela colaboração.
Se as crianças pudessem escolher as refeições, provavelmente comeriam sanduíche com batata frita ou pizza com refrigerante quase todos os dias.
Equilibrar alimentos saudáveis com o gosto pessoal dos filhos pode não ser uma tarefa fácil, mas há outras saídas além da usual tática de esconder os legumes no feijão.
Apaixonada por culinária, a psicopedagoga e moradora do Recreio Branca Sister enfrentou um problema há 29 anos, quando sua filha caçula nasceu prematura, com seis meses e meio e menos de dois quilos.
A partir daí, ela começou a pesquisar os alimentos e se preocupar em balancear as refeições dos filhos. Hoje, possui três livros publicados sobre o assunto, atua como consultora de gastronomia e tem uma coluna no site de uma rede de supermercados. Para orientar os pais, ela dá uma dica: é preciso ser firme.
- Nenhuma criança vai morrer de fome se tiver na frente dela um prato de comida. Os pais não podem ceder e mostrar desespero como ligar a TV ou cantar uma música. A partir dos oito meses, eles começam a entender que têm esse poder na hora das refeições - ensina.
A consultora destacou ainda que os pequenos também gostam de pratos bem temperados. Por isso, pimenta e cebola devem fazer parte da preparação dos alimentos.
- Até uma sopa ou papinha deve ser bem feita, senão fica insossa - justifica ela, que aproveita para desfazer alguns mitos: arroz e feijão não são obrigatórios, não é necessário raspar o prato, e sobremesa não é recompensa.
Segundo ela, o prato deve ter 1/4 de proteína, 1/4 de carboidrato e metade com legumes e verduras:
- Esse é o ideal para adultos e crianças. A combinação entre arroz e feijão é igual a qualquer carboidrato e pode ser substituída pelo purê de batatas, por exemplo.
A criança tem que comer o que está com vontade, mesmo que tenha colocado a mais. E mesmo que não tenha tocado no prato, deve ter a sobremesa. O que não pode é dar doce todos os dias.
E, para os pais vegetarianos, Branca faz um alerta: a carne vermelha é fundamental para o bom desenvolvimento das crianças.
- Só há ferro suficiente para ser metabolizado na carne vermelha. Comer um bife duas vezes por semana é o suficiente - ensina.
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