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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Propriedades Medicinais do Alecrim

Descrição: Arbusto perene, de numerosas folhas estreitas, duras e sempre verdes. Possui um intenso perfume nas folhas e nas flores que são azul-claro. Propaga-se bem em solos secos, pobres e bem drenados. Adapta-se melhor ao clima subtropical. As folhas são duras, opostas, sésseis, persistêntes e numerosas, com borda enrrolada para dentro ao longo da nervura central. As flores se apresentam em pequenos cachos na parte final e possuem coloração azul-violeta. Reproduz-se por seente ou por divisão de touceiras e galhos.O plantio deve ser feito antes da floração intensa. Prefere locais enssolarados, bem iluminados e sem vento. O alecrim é um pequeno arbusto da família das Labiadas. Suas flores são de cor malva-pálida. Suas folhas são verdes em cima e brancas na parte inferior. Cresce nas regiões quentes. Seu nome científico deriva do fato de que suas folhas parecem recobertas de uma poeira branca, como rocio, e porque tem preferência pelas regiões expostas à atmosfera marinha — rosa marinha. Toda a planta desprende um odor que se assemelha muito ao do incenso. Os gregos a denominavam "flor por excelência", e dela se serviam para entretecer suas coroas, com as quais cobriam a cabeça por ocasião de certas festas. Em alguns lugares costuma-se misturar o alecrim com galhos de buxo na cerimónia do benzimento das palmas no Domingo de Ramos. Em Roma figurava, juntamente com o cipreste, no culto aos mortos. É uma planta que desde tempos imemoriais tem sido objeto de muitas lendas. O verdor de suas fiastes com muitas folhas era considerado como um símbolo de imortalidade. No norte da França dizem que existe o costume de se colocar um ramo de alecrim nas mãos do defunto e depois plantá-lo sobre o seu túmulo. Muita gente ainda se recorda da canção infantil que dizia: "Eu desci ao jardim para colher alecrim."

Parte utilizada: folhas, flores, óleo essencial.

História: O alecrim é uma especiaria amplamente utilizada; A tradição dita que o alecrim apenas crescerá em jar­dins aonde a mulher é a "chefe da casa." A planta foi usada na medicina tradicional por suas propriedades adstringentes, tónicas, carminativas, antiespas-módicas, emenagogas e diaforéticas. Os extratos e o óleo volátil foram usados para promover o fluxo menstrual, e como abortivos.

Indicações: Diurético, antimicrobiano, cicatrizante, tônico, cardiotônico, anti-reumático, estimulante, colagogo, digestivo, antiespasmódico, anti-reumático. As propriedades do alecrim são conhecidas desde a mais remota antiguidade. Hipócrates já a recomendava assim como Dioscóride e os médicos árabes. Sua voga foi extraordinária na Idade Média e Renascença. O alcoolato de alecrim tornou-se famoso com o nome de "água da rainha da Hungria" e fez furor na corte de Luís XIV. Era o medicamento preferido de Madame de Sevigné. O remédio teria sido inventado pela rainha Elizabeth (filha de Wladislas Lokietak, rei da Polónia), que nasceu em 1306 e desposou em 1320 Charles-Robert d'An-jou, rei da Hungria, morto em 1381. Esta água curava a gota e a paralisia.

Dosagem: Combate as dores musculares. Ativa as funções do pâncreas e é anti-convulsivo.
Pode ser usado também como inseticida. Para esse fim, mistura-se uma xícara de óleo de alecrim em dois litros do chá de fumo. Bata no liquidificador e aplique, como se faz com um inseticida. Como tempero suas folhas utilizadas para temperar carnes e peixes. xarope - para 1/2 litro de xarope adicionar o suco ded 4 colheres de folhas e tomar 1 colher de sopa a cada 3 horas. infusão - 1 xícara de folhas em 1/2 litros de agua, tomar uma xícara de chá a cada seis horas. Pó cicatrizante - usa-se as folhas secas reduzidas à pó. Tintura - 50 gramas de folhas frescas em um litro de álcool, deixae cinco dias em masseração, coar e guardar em um vidro escuro. Dor de cabeça de origem digestiva Em 1 xícara de chá, coloque uma colher de sobremesa de folhas picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá antes ou após as principais refeições. Problemas respiratórios xarope: para 1/2 litro de xarope adicionar o suco de 4 xíc. de cafezinho de folhas frescas, tomar 1 colher de sopa a cada 3 horas. infusão: 1 xíc. de cafezinho de folhas secas em 1/2 litro de água, tomar xíc. de chá a cada 6 horas. Tintura: 10 xíc. de cafezinho de folhas secas em 1/2 litro de álcool de cereais ou aguardente, tomar 1 colher de chá 3 vezes ao dia em um pouco de água; para a maioria das indicações, inclusive hemorróidas. Pó - as folhas secas reduzidas a pó têm bom efeito cicatrizante.

Princípios Ativos: saponinas, flavonóides, nicotinamida, colina, pectina, taninos, rosmaricina, vitamina C, óleo essencial(pineno, canfeno, cineol, borneol, eucaliptol, acetato de isobornila, valerianato de isobornila, cânfora).

Modo de usar:
- infusão: 1 xícara (das de cafezinho) de folhas secas ou frescas em 1/2 litro d'água. Tomar 1 xícara das de chá em intervalos de 6 horas;
- infusão: 5 a 15 g de folhas em 1 litro de água fervente. Deixar esfriar, coar e tomar 1 xícara de chá três vezes ao dia;
- infusão: 1 colher das de chá de folhas em 1 xícara de água quente. Tomar 2 a 3 xícaras ao dia;
- pó das folhas secas: pulverizadas sobre feridas, como cicatrizante;
- tintura: 50 g de folhas secas em 1 litro de álcool de cereais. Deixar por 5 dias, filtrar e conservar em vasilhame escuro. Tomar diariamente 40 gotas diluídas em um copo de água, por 10 a 15 dias: hemorróidas;
- tintura: 10 xícaras das de cafezinho de folhas secas em ½ litro de álcool de cereais ou aguardente. Deixar macerar por 5 dias. Tomar, com um pouco de água, uma colher das de chá 3 vezes ao dia;
- extrato fluído: 1 a 5ml/dia;
- decocção a 2,5%: de 50 a 200ml/dia;
- xarope: em ½ litro de xarope, adicionar o suco de 4 xícaras das de cafezinho, de alecrim. Tomar 1 colher a cada 3 horas;
- banho: ferver 3 xícaras das de chá de folhas em 1 litro de água por 5 minutos. Coar, esfriar e misturar à água da banheira;
- vinho: 50 g de folhas em 1 litro de vinho tinto durante 10 dias. Filtrar e adoçar com mel. Tomar 1 cálice antes das refeições;
- xampus: 5% de extrato glicólico;
- loções capilares, dentifrícios: 3% de extrato glicólico;
- uso externo: infusão a 5%.

O pó das folhas do alecrim é empregado para recobrir feridas e particularmente as causadas pela circuncisão. A essência é usada para afastar as traças. Para uso interno, emprega-se uma infusão de 5 a 15 g por litro de água. Em maceração no vinho, de 30 a 60 g por litro, recc-menda-se a dose de 2 a 3 taças (de champanha) por dia. Para uso externo, usa-se a infusão de 50 a 60g por litro de água fervente, em banhos, nos casos de reumatismo articular, também usada em banhos estimulantes e aromáticos e em banhe. fortificantes para as crianças. Serve o alecrim igualmente pari a preparação de uma água de toucador. Obtém-se excelente vulnerário contra as contusões e golpes fazendo-se a infusão: frio, durante uns quinze dias, num litro de álcool, de lOg; brotos de alecrim, orégão, tomilho, melissa e salva cortadas em bocadinhos. Este preparado, ministrado em meio copo de água fresca, é recomendado nos casos de desmaio, síncopes e desmaios.

Aromaterapia: O alecrim cânforado pode ser usado para melhorar a memória, analgésico e expectorante, o alecrim cineoal 'eexpectorante e analgésico, o alecrim verrbe-nona é usado como anti-stress, descongestionante hepético e em má circulação, o óleo resina do alecrim é um antioxidante e regenerador do fígado.

Posologia: As folhas do alecrim, para o tratamento da dispepsia, hipertensão e o reumatismo, em doses de 4 a 6g/dia, como alimento ou em infuso; O óleo essencial em doses 1ml para banhos; 2g de folhas frescas (1 co­lher de sobremesa para cada xícara de água) em infuso para uso interno em todas as indicações; Tin­tura canforada ou óleos para massagens em dores reumáticas e musculares; Como fitocosmético em xam­pus (shampoos), loções capilares e dentifrícios em concentrações de 3 a 5%.

Farmacologia: O alecrim é um agente antimicrobial bem conhecido. As folhas moídas são usadas como um repelente natural e eficaz contra pulgas e carrapatos. O óleo de alecrim pos­sui ações antibacteriana e antifungosa marcante e tam­bém exibe propriedades antivirais. A atividade contra bac­térias inclui as espécies Staphylcoccus áureo, Staphyl-coccus albus, Vibrio cholerae, Escherichia Co//, e Corynebacteria. Um estudo relata que o óleo de alecrim é maisativo contra as bactérias gram-negativas(Pseudomonas) e gram-positivas (Lactobacillus) de "deterioração da carne"; O efeito do alecrim contra a Cândida albicans também foi descrito; Um outro relatório descreve a inibição de cres­cimento do Aspergillus parasiticus pelo óleo de alecrim; O alecrim é ineficaz no tratamento de lêndeas e piolhos; Vários relatórios avaliando os efeitos anticancerosos do alecrim estão disponíveis na literatura. O extrato induz a quinona redutase, uma enzima anticarcino-gênica. Outros mecanismos anticancerosos incluem os componentes polifenólicos do alecrim, que inibem a ativação metabólica dos pró-carcinógenos pelas enzimas de Fase l (P450), e a indução da via de desintoxicação causada pelas enzimas de Fase II (glutationa S-transferase); Resultados de estu­dos em animais: Suplementação dietética de 1 % de extrato de alecrim a animais de laboratório conduziu a uma dimi­nuição de 47% na incidência de tumores mamários indu­zidos experimentalmente, quando comparados aos con­troles. Este extrato foi encontrado melhorar a atividade das enzimas que desintoxicam as substâncias reativas no fí­gado e no estômago dos camundongos. Os tumores de pele nos camundongos foram inibidos pela aplicação do extrato de alecrim à área. Outros estudos em animais mos­traram uma inibição da síndrome do desconforto res­piratório adulto em coelhos, redução da permea­bilidade capilar e uma atividade antigonado-trófica em camundongos. O alecrim também inibe a ação uterotrópica do estradiol e da estrona em 35% a 50%, quando comparado com os controles; Resultados de estudos clínicos: O alecrim também aumentou a desintoxicação de carcinógenos nas células epiteliais brónquicas humanas. O composto diterpénico encon­trado no alecrim, ácido carnósico, possui um forte efei­to inibitório contra a enzima HlV-protease; Diversos estudos relatam as ações antioxidáveis do alecrim. O carnosol e o ácido carnósico são responsáveis por mais de 90% da atividade antioxidante do extrato de alecrim. Ambos os compostos são potentes inibidores da peroxidação de lipídio e são ótimos seqiiestadores de radicais de peroxil. A atividade antioxidante de­pende diretamente da concentração de diterpenos como estes. Os antioxidantes do alecrim possuem uma atividade seqúestradora de radicais menor do que aquela produzida pelos polifenóis do chá verde, po­rém apresentam um potencial maior do que a vitami­na E.
Varios relatórios descreveram outras ações do alecrim, incluindo uma ação espasmolítica no múscu­lo liso e cardíaco, alteração da ativação de comple­mento, efeitos hepáticos e imunológicos, além da aromate-rapia para o tratamento da dor crónica. O alecrim também pode reverter dores de cabeça, reduzir o estresse, e ser beneficiai no tratamento da asma e da bronquite.

Um comentário:

Bloguinho da Zizi disse...

Olá Marilda
O Alecrim realmente é uma erva especial.
Eu cresci ouvindo a seguinte história sobre ele:
Quando Maria fugiu para o Egito, levando o menino Jesus, todas as flores do caminho iam se abrindo conforme a sagrada família passava por elas.
O lilás ergueu seus galhos orgulhosos e emplumados.
O lírio abriu seu cálice.
O alecrim, sem pétalas nem beleza especial, ficou triste, lamentando não poder agradar o menino.
Cansada, Maria parou à beira do rio e, enquanto o menino dormia, lavou suas roupas. Em seguida, olhou a seu redor, procurando um lugar para estende-las. "O lírio quebrará sob o peso, e o lilás é alto demais. Colocou-as então sobre o alecrim e ele suspirou de alegria, agradeceu de coração a nova oportunidade e as sustentou ao sol durante toda a manhã.
- Obrigado, gentil alecrim! Disse Maria. Daqui por diante, ostentarás flores azuis para recordarem o manto azul que estou usando.
- E não apenas flores te dou em agradecimento, mas todos os galhos que sustentaram as roupas do pequeno Jesus, serão aromáticos.
Eu abençoo folha, caule e flor, que a partir deste instante terão aroma de santidade e emanarão alegria...e assim foi!

Beijinhos

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