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domingo, 9 de dezembro de 2007

O Guardião do Castelo

Texto enviado por Joemir Rosa, obrigada pela colaboração.

Certo dia num mosteiro zen-budista, com a morte do guardião foi preciso encontrar um substituto.
O grande Mestre convocou, então, todos os discípulos para determinar quem seria o novo sentinela.

O Mestre, com muita tranqüilidade, falou:
- Assumirá o posto o primeiro monge que resolver o problema que vou apresentar.
Então, ele colocou uma mesinha magnífica no centro da enorme sala em que estavam reunidos e, em cima dela, pôs um vaso de porcelana muito raro, com uma rosa amarela

de extraordinária beleza a enfeitá-lo e disse apenas:
- Aqui está o problema!
Todos ficaram olhando a cena: o vaso belíssimo, de valor inestimável, com a maravilhosa flor ao centro.

O que representaria? O que fazer? Qual o enigma?
Nesse instante, um dos discípulos sacou a espada, olhou o Mestre, os companheiros,

dirigiu-se ao centro da sala e....zapt....destruiu tudo, com um só golpe.

Tão logo o discípulo retornou a seu lugar, o Mestre disse:
- Você será o novo Guardião do Castelo.

Não importa qual o problema. Nem que seja algo lindíssimo.
Se for um problema, precisa ser eliminado. Um problema é um problema.

Mesmo que se trate de uma mulher sensacional, um homem maravilhoso ou um grande amor que se acabou.

Por mais lindo que seja ou, tenha sido, se não existir mais sentido para ele em sua vida, tem que ser suprimido.
Muitas pessoas carregam a vida inteira o peso de coisas que foram importantes no passado, mas que hoje somente ocupam um espaço inútil em seus corações e mentes.

Espaço esse indispensável para recriar a vida.
Existe um provérbio oriental que diz:

Para você beber vinho numa taça cheia de chá, é necessário primeiro jogar o chá fora, para então beber o vinho.


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