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quinta-feira, 17 de abril de 2008

Vamos chorar e desabafar...

O nosso medo de chorar é incrível!

Mas, é um santo remédio contra a dor de todos os tipos. Toda criança sabe disto e se algo não está bem e lhe incomoda, ela sabe o caminho das pedras com a maior naturalidade. Chora quando quer colo, quando tem fome, quando se machuca e por ai vai...

Quando somos jovens ainda conseguimos chorar por medo, por amor, por ansiedade, por tristeza e até por raiva e decepção.

Mas quando chegamos à idade adulta nos sentimos ridículos chorando... Será? Quem inventou essa? Por que? Será que o ato de chorar é tão ridicularizado como pensam? Ledo engano!

Todos nós precisamos de colo e somos carentes. Alguns mais outros menos e dependendo do dia, onde mil tempestades aparecem é que o santo remédio das lagrimas, nos ajudam e muito. Não estou falando das lagrimas teatrais e que implicam a chantagem e sim, aquelas particulares, honestas, aonde a nossas verdades vem à tona.

Ensinei um cliente meu a socar o travesseiro até se sentir aliviado, pois vivia com raiva e estava tendo sérios problemas físicos, mas ele me disse claramente; “só melhorei quando chorei embaixo do chuveiro, parecia que eu estava tirando de mim uma tonelada”. Estas palavras são verdadeiras!

Todo mundo chora, embora digam que não! E nem sempre é fácil admitir isso. O mundo hoje é de solitários cansados da vida... seja no trabalho, em casa, na sociedade ou até nas academias.

A lágrima é um santo remédio até contra doenças. O chorar limpa a angustia, a pressão do dia, clareia as idéias, traz paz, muda atitudes.

O chorar trás o nosso lado criança, aquele que diz preciso que me cuidem. Quero carinho e quero alguém... é quando vamos atrás de um amigo e pedimos colo ou mudamos tudo, pois a cabeça clareou e tudo ficou mais fácil. A alma ficou lavada, os sentimentos negativos evaporaram com as lágrimas e o mundo mais cor de rosa.

Então... quando sentir vontade, não se contenha! Chore muito, pois terminado este momento sagrado todos estarão bem melhor.

Luz e Paz,

Marilda Jorge

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