Texto enviado por Claudia M. Meirelles, obrigada pela colaboração.
Um dia quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:
- Eu amei-vos o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
- Eu amei-vos o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
- Eu amei-vos o suficiente para vos fazer pagar os doces que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e vos fazer dizer ao dono: “Nós tiramos isto ontem e queríamos pagar”.
- Eu amei-vos o suficiente para vos deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
- Eu amei-vos o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o vosso quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
- Eu amei-vos o suficiente para vos deixar assumir a responsabilidade das vossas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu amei-vos o suficiente para vos dizer NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).
Estas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também! E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se a sua mãe era má, os meus filhos vão lhes dizer:
“Sim, a nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo... As outras crianças comiam doces no café e nós só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes ao almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles”.
Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.
E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata!
Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer.
Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa da nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência.
- Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.
FOI TUDO POR CAUSA DELA!”
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o melhor para sermos “PAIS MAUS”, como a minha mãe foi.
EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS!
5 comentários:
Muito bom este post e muito bom esse blog!!! Parabéns!!!!
Hoje, quando eu educo minhas filhas, vejo o quanto meus pais me fizeram bem sendo exigentes e duros comigo. Parabéns pelo texto.
Olá meninas, vocês como eu tivemos pais exigentes e fortes. Agora agradecemos e muito por esta benção.
Janice e Dryka, obrigada pela participação e pelos elogios. O blog é nosso e tem a intenção primeira de sempre ajudar e esclarecer. Por que complicar a vida se podemos facilitar!
Luz e Paz para vocês, um FELIZ NATAL e UM PRÓSPERO ANO NOVO.
Com certeza que estão faltando mais "mães más" como as nossas.
Fico pensando também nas próximas gerações de mães e pais que virão em um futuro próximo ...
Pra voltarmos a ter pais como os de antigamente seria preciso toda uma mudança de crenças e valores para que o ser humano voltasse a pensar mais no ser e menos no ter ...
é pra se pensar .....
Olá Joe!
Onde você anda menino?
Obrigada pela participação e estou com você.
Beijos e muita Luz e Paz!
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