Texto enviado por Marina Peregni, obrigada pela colaboração.
Quando se pergunta a uma pessoa se ela crê em Deus, a resposta, com raras exceções, é afirmativa. Sim, ela crê em Deus. Estranhamente, embora o expressivo número de pessoas que dizem crer em Deus, é igualmente expressivo o número dos desencantados, depressivos, desesperados.
Como se pode explicar que crendo em Deus, Pai amoroso e bom, que tudo vê, tudo sabe, tudo faz, a pessoa possa cair no poço da desesperança? Talvez a resposta esteja na forma como cremos em Deus, ou somos levados a crer.
Albert Einstein, certa vez, em Nova York, num diálogo com o Rabino Goldstein, foi indagado se acreditava em Deus. Ele respondeu:
“Tenho a origem judaica arraigada em meu interior. Acredito no Deus de Spinoza, que revela a harmonia em tudo o que existe. Não acredito, porém, que Deus se preocupe pela sorte das ações cometidas pelos homens.”
Por causa desta declaração muitas polêmicas foram geradas entre Albert, físicos e religiosos. Muitos se apegaram a sua declaração para desenvolver protestos sobre as suas teorias.
Religiosos se manifestaram, dizendo que a Teoria da Relatividade deveria ser revista. Diziam que por trás de toda a controvérsia daquele físico, estava o terrível fantasma do ateísmo. Que ele disseminava dúvidas com relação à presença de Deus sobre a criação de todo o Universo e as criaturas. A resposta do físico foi serena, embora para muitos tenha continuado incompreensível.
Ele dizia que sua religião consistia na admiração pela humildade dos Espíritos superiores, pois esses não se apegam a pequenos detalhes, ante os nossos Espíritos incertos.
Dizia: “Por esse motivo racional, diante da superioridade desse Universo, é que localizo e faço a idéia de Deus. Não sou ateu. Quem quer deduzir isso das minhas teorias científicas, não fez por entendê-las. Creio pessoalmente em Deus e nunca em minha vida cedi à ideologia ateia. Não há oposição entre ciência e religião. O que há são cientistas atrasados, com ideias que não evoluíram, com o passar do tempo. Vejo na experiência cósmica uma religião nobre, uma fonte científica para profundas pesquisas. Procuro entender cada estrela contida nesse imenso Universo, que não é material. Quem assim não procede, sentindo essa estranha sensação de querer levitar no infinito, realmente não sabe viver, porque está morto, diante de tanta beleza divina. Há muitas formas de o ser humano crer em Deus. Há, para muitos, o Deus jurídico, legislador, agente policial da moralidade, que, através do medo, estabelece essa distância da verdadeira crença. Deus está em todas as minhas teorias e invenções. Ele está presente em tudo e creio que em todos, até nas formas mais primitivas. Essa é a minha religião e o Deus em que creio.”
Se assim dizia, assim viveu. Albert Einstein foi o exemplo do cristão autêntico, preocupando-se, de forma constante, com seu semelhante.
Ainda dois anos antes de sua morte, foi comemorado seu aniversário numa grande festa pública.
Tudo o que lhe foi dado como presentes, Albert transformou em dinheiro e enviou para os fundos da Faculdade de Medicina Albert Einstein.
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