Texto enviado por Fernando Leite, obrigada pela colaboração.
Existem momentos na vida em que tudo parece não ter mais sentido para continuar, não enxergamos um palmo diante do nariz e a nossa cabeça parece mais pesada que o corpo. Nessas horas de conflito existencial precisamos de um instante de silêncio só para nós. Isso mesmo, voltar o foco para dentro, repensar e reavaliar as nossas escolhas. O desânimo é tão grande que parar diante de um espelho para se olhar é um encontro desconfortável entre o reflexo e o real.
Os defeitos que a sociedade nos colocou aparecem mais que as qualidades que Deus criou!
É como sentar no banco dos réus para ouvir a sentença de um erro que não cometemos, e por não gostar da imagem que vemos nos criticamos, nos punimos e aplicamos em nós mesmos a pena máxima: viver no isolamento.
Se distanciar por um momento seria construtivo se isso fosse só por um instante, até que as idéias se acentuassem e a ordem mental se restabelecesse.
Quando estamos desconectados de nossa essência, nada se encaixa no imenso espaço vazio que nos consome interiormente e os outros agem como se estivessem em nossa pele. Dão conselhos, cobram atitudes e alguns nem param pra pensar se o que vão falar vai ajudar ou machucar mais ainda. Sabe aquelas pessoas cuja a boca fala primeiro que o raciocínio?
Elas não toleram ouvir, mas adoram falar, e quando encontram alguém passando por um desafio, parecem papagaios repetindo frases motivacionais do tipo "não se entregue, seja forte, reaja".
Vivem atoladas em princípios filosóficos que jamais servirão para aliviar a dor de quem está passando pelo processo de reconhecimento íntimo, porque cada um de nós está no seu tempo de evolução, e esse compasso na dança da vida jamais será acelerado através de motivação.
É uma descoberta individual que só vai se concretizar quando o rio da consciência se desapegar do passado e contornar as situações imutáveis para prosseguir sem remorso até se lançar no mar, e de uma vez por todas se livrar das sujeiras que arrastou pelo caminho de ontem.
A vida é sábia e nos coloca dentro de situações reveladoras, onde os nossos conceitos são levados à prova. Depois de testados, somos convidados a mudar, porque os conhecimentos que tanto defendemos como regras de boa conduta, não funcionam dentro da convivência com as diferenças, muito menos como verdades absolutas. Muitas pessoas dentro dessa sociedade dita "evoluída" estão seguindo em uma rua sem saída.Dominadas pela ansiedade, se encontram, mas não sabem para onde vão e nem onde querem chegar. Conversam, mas não se ouvem, se abraçam, mas não se sentem, se beijam, mas não se entregam de corpo e alma, porque o medo de perder o controle das situações é o alicerce de suas relações. A insatisfação e a inquietude estão estampadas em seu rosto refletindo as sombras de suas decepções.
Diariamente nas ruas, no trabalho e nas relações nos deparamos com pessoas perdidas de sua essência, em busca de um domínio crucial sobre os outros.
Afogadas na amargura, não acordam da loucura nem quando chegam ao fundo do poço, atacam como cães vira-latas que brigam até por um osso, se sentem menos e por isso tem a necessidade de rebaixar as qualidades de quem se destacou, por medo de perder um posto.
Mesmo desmaiando de cansaço na calçada do desgosto, ainda prosseguem fechando o caminho de quem venceu, acreditando que assim, chegarão ao topo.
Talvez você já não suporte mais conviver com a maldade de certas pessoas e muito menos sabe como proteger-se das agressões psicológicas utilizadas por elas para tirar a sua paz de espírito. Se o seu desejo é vencer, mude a tática do jogo. Não reaja agressivamente diante das ações inferiores, pois o que elas querem mesmo é puxar o seu melhor para dentro da lama, onde elas vivem atoladas. Mantenha-se em equilíbrio e concentre a sua energia nos seus objetivos. Reajuste o seu refletor de luz para o palco onde você deseja transformar a sua vida em um espetáculo, não dê bola para os adversários, eles são barulhentos, mas na hora de jogar pelo bem, são fracos.
Fique longe da corrente de energia negativa das pessoas que vivem espalhando a discórdia.
Evite reclamar, atacar ou difamar as pessoas opressoras diante de outras, pois seus atos agressivos já fazem isso. Seja um praticante da comunicação eficiente, procure falar só o que é construtivo a respeito de pessoas que estão ausentes. Lembre-se: o mal tem mais facilidade para ser divulgado que as ações que trazem bons resultados.
Não leve a sério as críticas de pessoas que agem apenas com o objetivo de atacar. Elas geralmente vivem abaixo do nível da felicidade e querem destruir nos outros, aquilo que ainda não conseguiram conquistar.
Se você divide espaço com uma pessoa insegura e a sua qualificação social é mais elevada, evite exaltar o seu conhecimento, porque em vez de se aliar ao seu desenvolvimento para crescer também, ela se sentirá é ameaçada. Coloque-se na condição de igualdade, mesmo que a sua parede esteja repleta de certificados de pós-graduação, o que vale não é saber muito, é ser útil com a sua evolução, isso não significa se anular ou se colocar abaixo da sua formação, mas sim usar a simplicidade para tanger as diferenças que causam a desunião.
Claro que o melhor seria compartilhar os nossos momentos com pessoas bem-humoradas, afinal, nada é mais contagiante que somar a nossa força com pessoas realizadas, a energia delas desperta em nós sentimentos elevados, porém precisamos aceitá-las além da aparência social, porque muitas vezes atrás de um lindo sorriso de porcelana, ainda existem as marcas de um drama
A magia da vida está na atitude daquele que coloca o seu dom para promover o bem-estar dos que ainda não se descobriram.
“O resto é conversa fiada!”
Evaldo Ribeiro
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