A avó não se deu por rogada e perguntou novamente: -Você sabe dançar de verdade? Não falo das baladas, e sim da dança de salão...
O neto pensou um pouco e disse: - Não!
- Você gostaria de ir comigo hoje no salão de dança? Eu não quero ir sozinha...
O neto olhou desconfiado... mas não querendo desagradar a avó disse: - Vou sim!
No caminho ele já estava imaginando a fria que havia se metido, no pessoal idoso e caquético que estaria lá e na chatice que seria...
A avó foi chegando e logo apresentando todo mundo, muito a vontade sorriu para um amigo e já saíram rodopiando. O neto sentou e começou analisar... quanta gente... e de longe avistou uma moça que já olhava para ele. Ela vinha ao seu encontro e sorria com a maior naturalidade.
Apresentou-se e disse: - Quer dançar? E com este começo, o nosso amiguinho teve a sua primeira aula de dança, sem saber que a moça em questão era uma eximia professora de dança de salão e dona do lugar.
O tempo passou, ele se casou, teve filhos e, sentado na sua cadeira preferida, lendo o jornal, vê a sua filha linda, antenada, chegando e já perguntando: - Pai você está ocupado? O pai olhou a filha e disse sem pestanejar: - Não!
A filha animada começou a contar: -Estou tendo aulas de dança, o lugar é genial e as pessoas muito amigas, quer ir comigo? Ele sorri e se lembra da juventude... quantos anos se passaram e tudo se repete!
Olhou a filha e disse: - Posso vestir os sapatos e colocar um casaco?
- Claro pai, e fique certo que vamos arrebentar!
O pai deu uma grande risada e agradeceu em silencio, pelo passado se repetir e ter a chance com a sua filha de viver o que havia vivido com a sua avó.
Moral da história: Aproveite as chances que a vida lhe trás, pois elas são insubstituíveis e maravilhosas.
Luz e Paz,
Marilda Jorge
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