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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

ORKUT

Texto enviado por Vanessa Garcia Toledo, obrigada pela colaboração.


Em 2003, uma grande amiga que tinha acabado de voltar dos EUA, veio entusiasmada me apresentar a última novidade de relacionamento pela Internet. O negócio com nome um pouco estranho era ORKUT, o tal site, formulado em inglês, era a sensação do momento, e todos desejavam ser associados, e claro, quanto mais “amigos”, mais deixava a impressão de ser muito “querido” pelos seus contatos.

Não deu outra, em poucos meses a novidade se espalhou pelo Brasil todo, precisando inclusive ser alterado para a nossa língua, pois a adesão, acredite você ou não, superou a própria origem, nunca se teve tantos adeptos como no Brasil.

Eu, como uma boa curiosa, ao receber o meu convite de participante (pois você só era membro se alguém lembrasse de você...rs), aceitei assim meio que...sem maiores pretensões, indagando com os meus botões: vamos ver no que isso vai “dar”.

A primeira coisa que me veio à cabeça foi: QUE COISA MAIS VAZIA!!!!!!

Pessoas do mundo todo colecionavam fotos de gentes que nem ao menos eram conhecidas, isso para se tornarem mais POP – traduzindo: POPULAR! É isso mesmo, os membros do tal site faziam coleções de “amigos”.

O pior de tudo isso é que nem ao menos essas pessoas se encontravam para bater um papo, sair para jantar, tomar aquele sorvete gostoso, tudo era virtual, as mensagens deixadas no site, os recadinhos, logo substituíam a presença dos amigos.

Outra coisa logo me chamou a atenção, foi à extrema exposição de dados deixadas pelos membros neste site, onde tudo era divulgado, endereços como do trabalho; residência; escola aonde estuda ou estudou, preferências, forma como agia no dia a dia, enfim, dados que diziam tudo sobre a pessoa, e claro sem falar nas fotos com pessoas próximas e queridas.

Depois de analisar bem o site, percebi que qualquer pessoa poderia acessá-lo e ler todos os dados que ali estavam cadastrados, e numa reflexão relâmpago, me veio à mente: e se alguém tentar usar estes dados contra mim?

Do jeito que andava a pedofilia na Internet, acesso às senhas de contas bancárias, invasões em micro computadores por hackers, envio de vírus por e-mails, por quê não acreditar que alguém com más intenções pudessem usar tais informações para obter o que se desejava?

Aquele pensamento me deixou preocupada e em alerta, poderia estar sendo seguida na faculdade, no trabalho, no bairro aonde moro, em fim, minha vida estava toda ali, exposta para quem quisesse ver!!!

Acredito que nos dias de hoje, com a banalidade de coisas que vem acontecendo, todo cuidado é pouco, principalmente com crianças e adolescentes, que acham que o mundo virtual é fantástico e inofensivo... mero engano, não é mesmo!?

Estamos dando a faca e o queijo na mão de pessoas sem escrúpulos e maldosas.
Aos pais um alerta: cuidem das suas crianças!!! Ofereçam uma orientação com muito esclarecimento e amor.

Não deixem os seus pimpolhos serem alvos deste nível baixo de gente.
Digam a elas que nada substitui os contatos humanos, que amigos são para serem visitados, convidados para um passeio, viagens, abraçados e amados.
Acredito que, quando abrimos nossa vida a alguém, estamos dando toda a liberdade para ela criticar ou comentar, e aí depois ficamos chateados com o que ouvimos, não seria nada justo não acham?

Eu cancelei o meu! E você?

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