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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Uma preocupação para todos

Texto enviado por Daniel Jorge, obrigada pela colaboração.

Escrito por Nicolau Amaral

Em evento promovido recentemente pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, em Belo Horizonte, foi divulgado que grande parte das instituições de referência para a saúde dos idosos (com mais de 60 anos) não consegue preencher o seu quadro de profissionais especializados, segundo estudo concluído pelo Ministério da Saúde.

A ausência de profissionais — médicos, enfermeiros e vários técnicos de saúde — acaba limitando a atuação dos centros criados a partir de 2002. Carência esta que tem como principal causa a falta de disciplinas que abordem a questão nos currículos dos futuros médicos e profissionais ligados à medicina.

Hoje, cerca de 14 milhões de idosos dependem do Sistema Único de Saúde e ¼ deles tem sérios problemas ou já estão acamados. Atualmente, 6,6% da população brasileira possui 65 anos ou mais, sendo que este número só tende a crescer com o aumento da expectativa de vida. Essa mesma população deverá alcançar 22,7% daqui a 40 anos, ou seja, em 2050. Segundo o IBGE, 72% dos nossos idosos têm alguma dificuldade para realizar atividade e 15% têm limitações sérias para qualquer tarefa.

Como a instalação e manutenção dos centros para idosos são de responsabilidade dos Estados e municípios, seria bom que todos os prefeitos e governadores se ativessem a essa necessidade, pois o envelhecimento da população é irreversível e brevemente passará a ser o maior problema para as autoridades. A criação física desses espaços voltados aos idosos irá gerar uma grande demanda por profissionais especializados, que somente será suprida se houver, por parte de quem decide nos municípios e Estados, a conscientização da implantação de escolas e cursos públicos voltados aos futuros profissionais que atenderão aquela vasta parcela da população.

O empobrecimento dos aposentados, o aumento da expectativa de vida, a diminuição do tamanho das famílias e a necessidade de todos trabalharem para a própria sobrevivência estão criando uma bomba que o Estado terá de ter como meta desativar no mais curto prazo possível. Seria prudente que as autoridades começassem a pensar nessa nova realidade social e arrumassem soluções urgentes.

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