Texto enviado por Izabel N. Santos, obrigada pela colaboração.
Texto do Professor Antônio Egídio Nardi, da UFRJ, estuda a distimia há 15 anos.
Distimia aumenta o risco de depressão e de dependência química.
Mulheres são as maiores vítimas...
Sabe aquela ladainha de quem só reclama e tem a frase de desenho animado “oh vida, oh céus, oh azar” como lema de vida? Pois acredite, mau humor pode ser doença e tem nome: distimia.
Um novo estudo do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vem aprimorando as técnicas de diagnósticos para, mais adiante, tentar desenvolver um exame laboratorial.
Como saber diferenciar o verdadeiro mau humor da distimia? “O distímico tem mau humor para todas as situações. Isso vem com baixa auto-estima, pessimismo e perda de prazer nas atividades”, explica o psiquiatra e coordenador da pesquisa, Antônio Egídio Nardi, autor do livro “Distimia: do mau humor ao mal do humor”.
O que é?
Com a distimia, ele conta, vem o risco de depressão e dependência química. A doença pode ocorrer, segundo os estudos, devido à genética – em 70% dos casos. Ela é fruto de uma disfunção de substâncias como a serotonina e noradrenalina.
“O medicamento serve como tratamento e não como exame diagnóstico. O diagnóstico é psiquiátrico”, conta Nardi, que diz que as mulheres são as maiores vítimas da doença. “As alterações hormonais, principalmente as bruscas, como ciclo menstrual, gravidez e pós-parto, pioram o transtorno de humor”, explica.
Sintomas clássicos
Em mais de 15 anos de pesquisas com cerca de mil pacientes, o psiquiatra traça semelhanças comportamentais dos pacientes. “Elas hipervalorizam o lado ruim de tudo”, observa o psiquiatra, acrescentando que, em geral, são bons funcionários e, por outro lado, são pessoas isoladas.
“Eles costumam ter pouquíssimos amigos. Não só porque as pessoas as deixam irritadas, mas elas irritam as pessoas ao seu redor também. A terapia tende a mostrar que tudo tem também um lado bom”, informa.
Pressão externa
Segundo Nardi, a maioria das pessoas “não cai em si para a necessidade de ajuda médica”. Normalmente, diz ele, o paciente recebe pressão do emprego ou da família para melhorar o mau humor sob a pena do fim da relação conjugal ou de trabalho.
“O distímico sofre e o mau humor o incomoda também. Muitas vezes nem ele se aguenta, mas ele acha que é o trânsito, o filho, o sol, a chuva, nunca ele”, conta.
Você sofre deste mal? Procure seu médico e busque a cura! Ela existe!
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