Jornal Rua Judaica - Fernando Bisker – Miami - EUA
Correu a notícia essa semana que centenas de cachorros — vítimas da calamidade pública em Teresópolis e arredores — ficaram sem dono e foram colocados para adoção. No primeiro dia, grande parte dos cachorros já tinha novos donos no Rio de Janeiro.
Já que nossa coluna trata de temas de Torah e espiritualidade, vamos analisar o que a Torah diz sobre... o cachorro? Surpreendente, não? Até mesmo o cachorro está contido na nossa sabedoria milenar...
Cachorro em Hebraico se diz Kelev. O Tosfot, comentarista do Talmud, revela que o nome Kelev vem do Hebraico "Shekulo Lev," que significa "um ser que é puro coração."
Seu faro aguçado é uma característica única, não encontrada em outros animais desta forma específica. E o Midrash Talpiot descreve uma outra característica muito especial — ser fiel ao seu dono.
Devido a estas virtudes o cachorro é utilizado pelos homens para diversas tarefas: cumpre as missões de cuidar da casa, ajuda a encontrarem entorpecentes e combater o crime, é utilizado nas buscas de corpos, e também auxilia aos cegos e é perito em caça.
O Talmud Bechorot conta que o tempo de gestação de um cachorro é de 50 dias, e o tempo de vida varia de acordo com a raça, entre 12 e 30 anos. A principal qualidade de um cachorro, além de ser fiel, é reconhecer o bem que lhe fazem.
De acordo com a Cabala, os cachorros têm uma sensibilidade visual que supera a visão humana. Eles conseguem captar a presença de forças espirituais e, em algumas circunstâncias, podem prever a morte. O Darush de Parashat Shekalim afirma que o cachorro é capaz de sentir a aproximação de um terremoto.
Na Guemara de Pessachim (Talmud) consta que o olfato do cachorro alcança a profundidade de 3 tefachim (aprox. 30 centímetros) abaixo da terra.
Há tantas outras citações interessantes na Torah sobre o cachorro, que não cabem nesta coluna. O mais importante é o amor que eles nos trazem com suas vidas, pequenos anjos peludos de quatro patas.
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