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sexta-feira, 27 de maio de 2011

O HOMEM APAIXONADO

Texto enviado por Marcelo Bacci Acunha, obrigada pela colaboração.

Se você conheceu um homem apaixonado, verdadeiramente apaixonado, você conheceu o que há de melhor nesse mundo.

É fácil e comum, nos dias de hoje, encontrar uma mulher apaixonada. As mulheres parecem terem sido feitas para a paixão (ao menos é o que nos dizem desde que nascemos).

Mas homens, esses foram feitos para as batalhas sangrentas do dia a dia, para as dificuldades financeiras, para a luta pela sobrevivência, para o silêncio de sentimentos (assim pensa a nossa sociedade).

Os homens foram tão massacrados de responsabilidades e estigmas de carregar o mundo nas costas, que nem se deram conta de sua própria necessidade de amor e paixão. Fingem tão bem em não ligar, reduzem o amor a conquistas, a disputas, a objetivos práticos a serem alcançados que, assim que atingem tal objetivo, o objeto passa a não exercer o mesmo fascínio. Tudo bem é por aí...

Mas e quando Cupido decide flechar de verdade o coração masculino? Como reage esse coração, tão pouco acostumado a sofrer por amor, a manter alguém 24 horas por dia em seu pensamento? Gente, é lindo!

É tão lindo! É como ver uma criança dando seus primeiros passos...
Ou ver um passarinho dar seu primeiro vôo, ou como namorados, dando seu primeiro beijo...

O homem é pego de surpresa e reage de forma surpreendente...

Torna-se vulnerável, emotivo, passa a prestar atenção em letras de músicas, em flores, em poemas, em vitrines, em praças, em crianças. Ele passa subitamente a gostar de lojas, de receitas, de moda e perfumaria.

Fica entendido em cremes e cheiros, em livros, em drinks. Passa a ser expert em assuntos exóticos...

Acorda e dorme cantarolando. Isso tudo porque a amada tem seu mundo e é seu mundo. O espelho passa a exercer atração. Geralmente muda o corte do cabelo, a barba e o bigode (tira, se tem, deixa crescer, se não tem). Fica vaidoso, sensível e bobinho. Adorável bobinho. Mas... Esconde! Ah, parece ser pecado se apaixonar! Deve ser uma terrível gafe demonstrar sentimentos.

Aparentemente é condenável ser simplesmente humano. Sabe aquela coisa do "lado feminino?” Balela. Não existe essa dicotomia. Todos têm de tudo dentro si.

O poder, a beleza, o bem, o mal, o masculino e o feminino, o yin e o yang.

Mas esse homem apaixonado passa a ser exigente, a ter carências e vicissitudes. E se você souber manter essa chama acesa, souber lidar com esse homem enfeitiçado, será uma mulher abençoada, porque ele é capaz de tudo para ver você feliz.

Ah, esse homem não medirá esforços. Não haverá obstáculos capazes de detê-lo na empreitada da sua felicidade. Ele acordará com a força de um Hércules, a disposição de um atleta, a perseverança de um monge, e a fragilidade de uma criança. Acolha-o. Sinta-o. Mime-o. Ame-o.

Deixe-o sentir seu amor fluir. Alimente-o de afagos, de agrados, de elogios. Mostre a ele a correspondência de sentimentos, mas não o prenda. Deixe-o livre para escolher você, escolher estar com você, preferir você a qualquer coisa. Mas por vontade dele.

Creio que o erro de muitas mulheres é querer prender seu homem, controlar seus passos, cercá-lo não de afeto, mas de desconfiança. O homem apaixonado é seu. Está apaixonado, encantado, tem um mundo novo e muitas das vezes não sabe lidar com ele. Também fica inseguro, ciumento, quer agradar, quer inundá-la de carinhos, mas quer manter sua habitual liberdade.

E em nome desse novo amor, desse sentimento que o fragiliza tanto, talvez sufoque essa liberdade que sempre teve e que sempre lhe foi ensinado assim. Mas isso, com o tempo, certamente o deixará limitado e cansado, levando a um desgaste no relacionamento. Então, o que fazer?

Não há fórmulas. Não há receitas de bolo. Há sim uma necessidade de entendimento, de espaço, de respeito mútuo. Há que se lidar com a liberdade assim como se lida com a delicadeza da paixão. Há que se estabelecer limite. O outro é o outro, você é você.

Não se pode amar ao outro se não se ama a si próprio. O outro não é seu espelho e nem seu ideal e objetivo.

Nada de se anular em função do amor. Essa é a diferença entre a mulher apaixonada e o homem apaixonado. Ele não ama menos, não sente menos, não sofre menos por amor. Apenas ele sempre teve sua individualidade.

A sociedade o permitiu desde o início dos tempos, enquanto as mulheres, aos poucos vão ganhando terreno na igualdade de direitos, inclusive o direito de se amar, o direito a seu espaço individual na relação a dois. Sendo assim, ao dar de cara com um homem apaixonado, ao se apaixonar por ele, não abra mão de seu espaço, de sua individualidade, porque só assim poderá entender a postura dele e aproveitarão tudo o que a paixão e o amor correspondidos podem fornecer de forma sadia a ambos. Curta seu homem, estrague-o de tanto amá-lo, e seja feliz!...

Lilian Maial

2 comentários:

Kakau Fonseca disse...

Gostei do texto, interessante! Beijos

Marilda Jorge disse...

Obrigada Kakau pela visita!
Muita Luz e Paz!

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