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domingo, 30 de setembro de 2007

Vivendo as Várias Fases da Vida - Parte 5

E o adulto entra nos cinqüenta, sessenta e setenta...

Eu ouvi de uma cliente minha, assim que chegou à terapia:

“Prefiro não criar ilusões a respeito do futuro, assim a decepção será menor.”

Esta declaração muito comum hoje em qualquer idade, mostra uma pessoa bem amortecida. Ela parece que está anestesiada e completamente sem coragem ou energia. Mais uma vez se nota o medo do futuro e de concluir fases.

Nesta viagem que é a vida, precisamos ver que o passado está na memória, o futuro é imaginação e o presente é a realidade.

Num post do mês passado, falei sobre âncoras positivas e negativas. Se ainda não conseguimos nos livrar das negativas, ainda é tempo de mudá-las. Âncora errada gera um processo bem destrutivo nesta fase.

Hoje para vivermos tranqüilos e gozarmos a paz de espírito, temos que realizar mudanças substanciais de comportamento. O mundo pede isso...

A primeira delas é ser prático, a segunda é ser simples. Isso não quer dizer que vamos deixar de nos cuidar ou cuidar dos que nos rodeiam e sim, viver melhor e até de forma mais intensa.

Deixando para trás muitos itens sem serventia, temos mais tempo para amar, sermos amados e principalmente usarmos melhor a sabedoria que adquirimos.

Os seres humanos nesta fase sofrem mudanças no plano psicológico e fisiológico, alguns mais rápidos, outros mais lentos, mas todos caminham juntos. É o avesso de você que está vindo à tona, só que agora com muito mais paz e sabedoria. O seu organismo já não deseja uma atividade intensa como na adolescência e é seu dever entendê-lo. Buscar formas de se adaptar a essa nova realidade é melhorar a qualidade de vida e isso é fundamental nos dias de hoje em qualquer idade.

O azedume das pessoas, os problemas de família, as amarguras da profissão, os problemas econômicos e outros fatores, cuja força nos fazem perder a saúde, devem ser considerados, mas sem o padrão negativo e ansioso.

O passado, que é experiência e memória, deve servir para melhorar o presente e não pode ser usado como um refúgio para esconder-se dos medos de assumir responsabilidades e os desafios do seu momento atual.

Nossa cultura profundamente antinatural nos ensinou a entender dramaticamente os finais. Concluir uma etapa e começar outra é sempre difícil, mas só os que sabem fazê-lo na hora certa são os que conseguem iniciar algo nesta fase. Isso lhes permitirá uma vivência mais atualizada, na qual as experiências passadas servem de base para dias melhores.

O saber concluir é uma verdadeira arte. Algo termina e algo começa!

Continua...

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