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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A Imperatriz Leopoldina e a Independência do Brasil


Texto enviado por Lucia e José, obrigada pela colaboração.

No início de 1817, a Arquiduquesa austríaca Leopoldina de Habsburgo chegava ao Brasil, para se casar com o herdeiro do Trono de Portugal, o futuro Dom Pedro I.

A vida do casal demonstrou que havia poucos pontos em comum entre ela e D. Pedro. Era Dona Leopoldina de excelente formação cultural, e o excedia muito em educação e cultura: Falava francês e italiano, o latim, estudava o inglês e aprendia o português rapidamente. Ainda pintava retratos e paisagens e tocava piano com perfeição. Tinha grande inclinação pela natureza e pelas ciências naturais. Com muita dedicação colecionava coisas referentes às ciências naturais, sobretudo à mineralogia. No setor da flora, da fauna e mineralogia, adquirira apreciáveis conhecimentos.

Dona Leopoldina veio com sua Corte, formada de médicos, zoólogos, botânicos e músicos. A eles devemos os primeiros estudos feitos sobre o Brasil, na área das ciências naturais. Deve-se, ainda, à Imperatriz Leopoldina a primeira floresta urbana do mundo, a Floresta da Tijuca, existente na cidade do Rio de Janeiro. A essas virtudes, era possível acrescentar um senso político extremamente aguçado, uma notável capacidade de pressentir o momento da ação, e sugeri-la ao marido.

Vinha esse senso marcado por um acentuado amor, que desde logo desenvolveu, pela terra e pela gente do Brasil.Dona Leopoldina teve um papel decisivo na nossa Independência. Em agosto de 1822, os brasileiros já estavam cientes que Portugal pretendia chamar D. Pedro de volta, rebaixando o Brasil, de Reino Unido para voltar a ser uma simples colônia. Com a eminência uma guerra civil que pretendia separar a Província de São Paulo do resto do Brasil, D. Pedro passou o poder à Dona Leopoldina no dia 13 de Agosto de 1822, nomeando-a chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil, com todos os poderes legais para governar o país durante a sua ausência e partiu para apaziguar São Paulo.

Neste ínterim, a Princesa Regente recebeu notícias que Portugal estava preparando uma ação contra o Brasil e sem tempo para aguardar a chegada de D. Pedro, Leopoldina, aconselhada pelo Ministro das Relações Exteriores José Bonifácio e usando de seus atributos de chefe interina do governo, reuniu-se na manhã de 2 de Setembro de 1822 com o Conselho de Estado, assinando o Decreto da Independência, declarando o Brasil separado de Portugal. José Bonifácio convocou o oficial de sua confiança, Paulo Bregaro, para levar a sua carta e a de Leopoldina para D. Pedro em São Paulo. Paulo Bregaro encontrou-se com o Príncipe e a sua comitiva nas margens do riacho Ipiranga no dia 7 de setembro. Ao ler as cartas sobre os acontecidos no Rio, D. Pedro,

referendando a medida tomada pela Princesa Regente, proclamou a Independência do Brasil.
Enquanto se aguardava o retorno de D. Pedro ao Rio, a Princesa Leopoldina, já como a primeira governante interina do Brasil Independente, idealizou a Bandeira do Brasil: Com o verde da família Bragança e o amarelo ouro da família Habsburgo.

A Princesa Leopoldina assinou o Decreto da Independência, separando o Brasil de Portugal em 2 de setembro de 1822. Mas temendo uma repercussão negativa, por ela ser austríaca, José Bonifácio aconselhou-a a deixar o anúncio do decreto assinado a cargo de D. Pedro, que proclamou em 7 de setembro de 1822 o Decreto da Independência assinado pela Princesa Regente. Leopoldina dedicou seu trabalho à construção do Império do Brasil, depois da Coroação de D. Pedro, o casal visitava repartições públicas, inspecionava a alfândega e hospitais.

Morreu no dia 11 de dezembro de 1826, longe de seu país e de seu marido. Quando os sinos das igrejas e os canhões das fortalezas anunciaram sua morte, a população em massa foi prestar sua homenagem a Imperatriz, que era extremamente bem quista. Mulher de educação esmerada, à frente de seu tempo e de fino trato com as pessoas, fizeram dessa mulher uma das personagens mais queridas do Brasil no início do século XIX.

4 comentários:

Anônimo disse...

Mulher maravilhosa.

Um merecido resgate histórico.

Parabéns!!

Marilda Jorge disse...

Obrigada pela visita e comentário.
Luz e Paz!

Anônimo disse...

Nossa Amei
Agora tenho realmente a certeza de que nós mulhers podemos tudo.
E geralmente a maioria das pssoas não conhecem a Imperatriz Leopoldina,e também não sabem que ela teve um grande papel na Imdependência do Brasil,pois ela dificilmente é citada nas Escolas.
Mas Parabéns!

Anônimo disse...

Sou grande admiradora dessa mulher raríssima. Espírito superior, pra mim é uma das maiores heróinas de nossa história.

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