Texto enviado por Maria Cristina M. Hont, obrigada pela colaboração.
O planeta encontra-se numa fase muito especial de sua evolução e passa por profunda mudança. O desapego é fundamental para os que a estão acompanhando, pois sem desprendimento pelo que já é conhecido não seria possível ingressar livremente no que está para vir.
O desapego deve deixar de ser mero conceito para os que procuram vivê-lo. Não deve ser apenas uma palavra acolhida com boa vontade, mas a superação efetiva dos laços terrenos e do conhecimento atual. “No budismo que pratico levamos isso muito a sério.”
O desapego é sempre necessário para ampliarmos a compreensão, para contatarmos o que ainda não foi desvelado. Assim, tudo o que captamos, descobrimos, compreendemos e vemos, deveríamos soltar tão logo tenha cumprido seu papel de nos ensinar alguma coisa. Mas deveríamos desapegar-nos com amor e gratidão, cientes de que o objeto de nossa renúncia pode ser útil para os que estão em outros pontos evolutivos, ou até voltar a ser útil para nós mesmos em uma etapa posterior de nossa vida.
O desapego ajuda-nos a ir além do nível dos fenômenos e coloca-nos em contato com o essencial, com o que não é efêmero e cujas raízes se encontram em planos mais profundos. Se persistirmos na intenção de nos desapegar, as provas do dia-a-dia mostram-nos quão desprendidos estamos da existência material e daquilo de que ainda devemos despojar-nos.
À medida que nos desapegamos o que ocorre em nossa vida física não nos afeta tanto e já não aplicamos tempo nem energia na análise de fenômenos. Aproveitamos isto sim, todas as provas que ela nos traz como oportunidades de nos transformarmos.
O desapego é o principal fator na busca de uma vida mais avançada.
Mesmo que haja organização, pontualidade, obediência e autocontrole, mesmo que muitas virtudes já se façam notar em nosso ser, sem o desapego tudo isso pouco vale para a compreensão da realidade nos planos internos.
Se não damos excessiva importância às coisas fenomênicas e externas, elas deixam de ser um obstáculo para penetramos os níveis profundos da consciência e podem até ajudar-nos a fazê-lo.
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