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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Óleo Essencial de Lavanda

Sessão Saúde e Prevenção
Fonte: Livro de Aromaterapia – Patrícia Davis

Nome científico: Lavandula officinalis ou Lavandula augustifolia
Palavra-chave: Tranquilidade/calma
Origem: a Lavanda é nativa do Mediterrâneo e as espécies de melhor qualidade crescem em altitudes entre 700 e 1400 metros, na região da Provence (França).
Família: Labiadas
Qualidade: Yin e Yang
Classificação para fins de mistura: nota média
Processo de obtenção do óleo essencial de Lavanda: destilação à vapor e são necessários 200 kg da flor para obter 1 litro de óleo essencial.

Descrição da planta: são diversas as variedades de Lavanda que se cultivam para fins medicinais, o que dá margem a algumas confusões acerca dos nomes das diferentes espécies. A Lavanda “comum” ou Lavandula officinalis, a mais importante do ponto de vista medicinal, também recebe o nome de Lavandula augustifolia ou Lavandula vera. Esta é a Lavanda de aroma mais delicado, aquela que associamos à água de lavanda e aos saches usados para perfumar roupas e linhos e evitar a aproximação de traças. As espécies conhecidas como Lavandula spica têm um odor mais canforoso.

Simbologia: comunicação, equilíbrio, reguladora, harmonia.

Componentes químicos: os componentes ativos do óleo incluem os ésteres (acetatos linalílico e geranílico), geraniol, linalol, cineol, d-borneol, limoneno, 1-pineno, cariofileno, ésteres do ácido butírico e do ácido valeriânico e a cumarina.
A proporção dos diversos componentes deverá variar de lugar para lugar, dependendo do solo e das condições de cultivo das plantas, e de ano para ano de acordo com as condições de cultivo das plantas, e de ano para ano de acordo com as condições climáticas. Após um verão quente e seco, o óleo deverá apresentar uma proporção mais elevada de ésteres (calmantes) do que após um verão fraco, de sorte que a Lavanda alpina apresenta sempre uma proporção mais elevada de ésteres do que as plantas cultivadas em altitudes mais baixas.

História: a Lavanda foi o aroma preferido dos romanos em seus banhos (a palavra vem do latim lavare). Sempre foi usada em perfumaria e cosmética e mistura bem com um grande número de óleos essenciais, acrescentando um leve aroma floral a praticamente qualquer preparado. Usada na medicina desde os tempos antigos e foi levada à Inglaterra pelos Romanos. Dentre todos os óleos essenciais, o de Lavanda é o mais versátil, com uma gama de propriedades que vão desde a de analgésico, passando pela de antidepressivo, anti-séptico, bactericida e descongestionante, até a de hipotensor, repelente de insetos, sedativo e vermífugo. Suas propriedades podem ser mais bem resumidas nas de calmante e acima de tudo, reguladora. Talvez a mais importante propriedade do óleo de Lavanda seja sua capacidade de restaurar estados de desequilíbrio – da mente ou do corpo – para aquele quadro de equilíbrio em que a cura tem lugar. A versatilidade da planta é um reflexo da complexidade de sua estrutura química.

Propriedades medicinais: excelente óleo citofilático, ideal para tratar de queimaduras e ferimentos; em casos de queimaduras, o óleo de Lavanda deve ser aplicado puro e o mais rápido possível sobre o local queimado, aliando a dor e proporcionando um rápido efeito cicatrizante. As propriedades analgésicas, anti-sépticas e antibióticas do óleo de Lavanda também o tornam valioso no tratamento de resfriados, tosses, catarro e sinusite, bem como gripes. A forma mais eficaz de tratamento é a inalação de vapor. O vapor em si – tão quente quanto se possa suportar sem o risco de queimar a garganta – é um eficaz agente antiviral e, com o acréscimo do óleo de Lavanda, pode aliviar, descongestionar e combater as bactérias causadoras de infecções secundárias que dão origem a quadros de catarro e sinusite, depois de resfriados ou gripes. A Lavanda também é um sedativo eficaz, de modo que uma inalação com o óleo praticada imediatamente antes do indivíduo se recolher ajudará no sono, o que por si só deve contribuir para a recuperação.

Pode-se massagear um pouco de óleo de Lavanda (puro) na região da garganta a fim de aliviar uma tosse irritativa. A ação sedativa do óleo de Lavanda aliviará o incômodo, e a temperatura do corpo deverá liberar um pouco do óleo volátil no ar a ser inspirado, porção esta que irá atuar sobre a causa da tosse – a infecção do trato respiratório. Pode-se utilizar uma ou duas gotas para massagear igualmente as saliências ósseas das sobrancelhas e os lados de cada uma das narinas para ajudar a eliminar o catarro.
Fazendo isso, estaremos trabalhando em importantes pontos de acupressura para catarro, além de aproveitar a ação descongestionante e bactericida do óleo de Lavanda.

Usado para massagear as têmporas, o óleo de Lavanda deverá aliviar vários tipos de dor de cabeça. Caso tal prática não seja suficiente por si só, pode-se aplicar uma compressa fria de óleo de Lavanda na testa ou na nuca.

Uma das mais importantes aplicações do óleo de Lavanda dá-se no alívio de dores musculares, seja qual for sua origem. Seu uso mais indicado é enquanto óleo de massagem seja isoladamente ou misturado a algum outro óleo, como os de Alecrim, Bergamota ou Manjerona, pois não apenas o óleo de Lavanda tem sua ação intensificada ao ser misturado com outros óleos essenciais, como também intensifica o efeito de qualquer outro óleo com o qual venha a ser misturado.

Um banho aromático com o óleo (diluir ele em álcool ou leite ou outro óleo carreador = 1 colher de sopa para 5 gotas de óleo de Lavanda) proporcionará um grande alívio na dor muscular decorrente da prática de exercícios, do aumento da tensão, etc.
Tal prática pode ajudar a aliviar dores lombares, contando que se tenha claro que a dor efetivamente seja de origem muscular e não decorra de nenhuma irregularidade da coluna vertebral.

Os mesmos métodos podem ser adotados para aliviar dores reumáticas, ciáticas e artríticas, graças à múltipla ação do óleo de Lavanda para mitigar dores localizadas, atenuar a reação do sistema nervoso central à dor, reduzir inflamações e tonificar o organismo de maneira geral.

O óleo de Lavanda também é útil para reduzir cólicas menstruais e tratar casos de períodos inconstantes, quer utilizando-o em massagens suaves na região do baixo ventre, quer em compressas quentes.
É utilizado em duchas vaginais em casos de leucorréia, a uma concentração muito baixa – de ½ a 1% em água fervida e resfriada.

Durante o trabalho de parto, o óleo de Lavanda reduzirá a dor e intensificará as contrações, acelerando dessa forma o processo, quando utilizado para massagear a parte inferior das costas. Pode ser usado em compressas ou para massagear suavemente o abdome com o propósito de ajudar na expulsão da placenta.

O óleo de Lavanda também pode ser de grande ajuda em muitos dos pequenos contratempos da infância – (cólicas, irritabilidade e infecções infantis)-, contanto que se tenha claro que só as diluições muito baixas devem ser usadas. Uma quantidade mínima de óleo de Lavanda no banho de um bebê ajudará uma criança agitada a dormir. Deve-se primeiramente diluir o óleo, quer em uma pequena quantidade de óleo de amêndoas ou semente de uva, quer em algumas colherinhas de vodka, pois, dado que a água e o óleo não se misturam, o óleo essencial ficará boiando em uma fina película na superfície da água. Quando se trata de bebezinhos, há o risco de, caso apanhem um pouco de óleo não diluído nos dedos, esfregarem-no nos olhos, causando irritações e, possivelmente, danos permanentes à córnea. Cuidado!!!

A ação do óleo de Lavanda sobre o músculo do coração é ao mesmo tempo tônica e sedativa, o que o torna valioso para o tratamento de palpitações, além de ajudar a reduzir a hipertensão arterial, embora seja obviamente necessário observar também a dieta, o estilo de vida do indivíduo em questão. As massagens ou os banhos aromáticos (não muito quentes), serão a forma de uso mais recomendada.

As propriedades calmantes, anti-sépticas e antiinflamatóias do óleo de Lavanda o tornam valioso para o tratamento de diversos problemas de pele. Excelente para o tratamento de acnes, combinado com o de Tea Tree. Ele inibe as bactérias responsáveis pelas infecções epidérmicas, ao mesmo tempo em que suaviza a pele, ajudando a equilibrar a secreção excessiva de sebo, das quais se alimentam as bactérias e ajudando a reduzir eventuais cicatrizes. O óleo essencial de Lavanda é um dos que mais estimulam o desenvolvimento de células novas e saudáveis.
As propriedades da Lavanda enquanto inseticida e repelente de insetos são utilizadas há vários séculos para proteger roupas e linhos domésticos da ação de traças e outros pequenos insetos e para perfumar suavemente as roupas.
Aplicado à pele, o óleo de Lavanda ajudará a evitar que sejamos picados por mosquitos, pernilongos e outros insetos, mas, se chegarmos a ser atacados, um pouco do óleo puro, aplicado o mais rápido possível à pele, eliminará a dor da picada e ajudará a deter a irritação que se alastra e a impedir que a infecção atinja o ponto da picada.
Também se pode usar o óleo para manter os animais a salvo de pulgas e para tratar infestações de piolhos.

A Lavanda também é fungicida e é útil para tratar infecções como pés-de-atleta.

Propriedades emocionais: no plano psicológico, os efeitos da Lavanda podem ser considerados um “reflexo” de suas diversas ações físicas. Por sua natureza fundamentalmente reguladora, é de grande valia para ajudar pessoas que se encontram em um estado emocional desequilibrado – histeria, psicose maníaco-depressiva ou estados de humor flutuantes. A massagem em ambos os lados da coluna vertebral com o óleo de Lavanda pode ajudar profundamente nessas situações.
Pessoas que se sentem deprimidas e/ou ansiosas deverão beneficiar-se com o uso do óleo de Lavanda em banhos, sobretudo à noite. A insônia é um dos estados para o qual a Lavanda é a escolha mais indicada, sejam suas causas um desconforto físico, desgaste mental, a ansiedade ou um cérebro excessivamente ativo à noite. Embora o banho aromático talvez seja o método mais indicado, algumas gotas do óleo em um lenço ou diretamente na pele, também serão muito eficazes. Uma ou duas gotas derramadas sobre a roupa normalmente acalmará uma criança insone.

É o melhor óleo para se trabalhar o “chakra laríngeo”; excelente óleo para pessoas que necessitam falar muito e quem desenvolve o canto. Excelente para pessoas que tem medo de falar em público, medo de não ser aceito, que tem dificuldade de expressar aquilo que está no seu coração.

Luz e Paz,

Marilda Jorge

2 comentários:

Joemir Rosa disse...

Ótima informação! O nosso equilíbrio está na Natureza ... está tudo aí ... com um pouco de paciência e insistência, conseguimos praticamente tudo para qualquer tipo de problema!

Parabéns pelo post e pelo blog!

Marilda Jorge disse...

Obrigada amigão!
Beijos e muita Luz e Paz!

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