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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Sinto muito que o cumprimento do meu dever o irrite tanto

Enviado por Vanessa Garcia Toledo, obrigada pela colaboração.

Texto escrito pelo Prof. Luiz Marins

Certa vez, chamei a atenção de um aluno porque estava colando numa prova e o expulsei da sala de aula. No dia seguinte, o pai desse aluno veio falar comigo dizendo que eu tinha prejudicado o seu filho e que isso o tinha deixado muito irritado e iria tirá-lo da faculdade por minha causa.

Minha resposta foi o título desta mensagem: “Sinto muito que o cumprimento do meu dever o irrite tanto.” E, obviamente, mantive a reprovação do aluno colador.

Essa frase que me veio à mente naquele momento, poderia ser usada por todos aqueles que ao cumprir o seu dever se defrontam com pessoas que se irritam, xingam, brigam e que não querem aceitar a realidade do próprio erro. Aqui vão alguns exemplos:

Um policial rodoviário, ao parar um veículo que está transitando em velocidade superior à permitida, ao ouvir a indignação do motorista infrator, poderia dizer: “Sinto muito que o cumprimento do meu dever de cuidar da segurança das estradas o irrite tanto” e lavrar a multa.

Um(a) comissário(a) de bordo ao pedir a um passageiro que desligue seu celular ou retire sua bagagem de mão da saída de emergência, ao sentir sua irritação, poderia dizer, até sorrindo: “Sinto muito que o cumprimento do meu dever de cuidar da segurança de todos os passageiros o irrite tanto” e exigir o cumprimento das normas de segurança em vôo.

Um chefe, ao chamar a atenção de seu colaborador por não estar utilizando corretamente os EPI (equipamentos de proteção individual) e, portanto, correndo risco de acidente no trabalho, ao ouvir os xingos surdos dessa pessoa irresponsável, deveria dizer: “Sinto muito se o cumprimento do meu dever de cuidar de sua segurança o irrita tanto” e exigir o uso dos EPI.

Da mesma forma os pais podem usar a frase com seus filhos que não queiram estudar ou cumprir suas obrigações: “Sinto muito se o cumprimento do meu dever de pai o irrita tanto” pode fazer um filho entender a sua posição de desobediência e passar a cumprir os seus deveres. Os pais são responsáveis pela formação dos filhos e não podem ser complacentes com a desobediência ou a preguiça, pois sabem que farão adultos infelizes e sem sucesso e ainda serão acusados por não os terem educado corretamente.

Não sei se você concorda ou não com este texto. Eu o escrevi, porque acredito ser meu dever de professor fazer as pessoas pensarem, e, portanto, mais uma vez, sinto muito se o cumprimento desse meu dever de professor o tenha irritado.

Pense nisso. Sucesso!

4 comentários:

Gina disse...

Muito bem observado e colocado !
www.tergoprint.com.br

Marilda Jorge disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

Eu quis postar sobre algo assim na minha página e você me deu uma idéia. Cheers.

Blog do Caminho disse...

Obrigada pela visita de todos e muita Luz e Paz!

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