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sexta-feira, 29 de março de 2013

O que aprendi com meu cão (Rei Leão)


Há 20 anos atrás uma amiga me disse: “tenho um presente para você, venha até minha casa hoje à tarde e eu lhe mostro.”

No dia eu estava muito ocupada com os afazeres rotineiros e simplesmente fui visitá-la no dia seguinte. Qual não foi a minha surpresa quando vi uma ninhada linda e peluda correndo pelo jardim entre meus amigos e os pais quatro patinhas.

Eram oito, mas eu contei na hora somente sete e olhando para eles e brincando soube que cinco já haviam sido adotados. Para minha surpresa vejo um bolinho de pelos lindos saindo debaixo da caminhonete do casal amigo, vinha rebolando para mim e quando chegou nos meus pés, se aconchegou e deu a mais bela lambida na minha perna.

Foi amor à primeira vista e daquele dia em diante o fofo me adotou! Como ele era muito peludo e tinha uma juba, dei o nome de Rei Leão para ele.


Comecei a entender o amor incondicional do animal de estimação. Ele nos ensina a humildade, perseverança, amor sincero e a amizade mista de cumplicidade que precisamos ter para criá-lo.

Quantas vezes eu estava preocupada com milhões de itens para completar e o simpático me deixava um “presente” enorme bem no meio das sala, em cima do tapete. Depois me olhava com uma cara doce e faceira e enquanto eu limpava toda a bagunça e passava o desinfetante no local, ele simplesmente olhava se divertindo...


Eram sapatos comidos, tapetes roídos, corridas em volta da casa e brincadeiras mil... Era como se dissesse, não se preocupe tanto e cuide mim, assim você se esquece dos seus problemas.


Vê-lo crescer, aprender e se tornar enorme e forte foi um prazer. Seu crescimento e sua vida sempre foram de carinho, diversão e proteção. É o melhor guardião dentro e fora de casa, pois por ser de grande porte as pessoas sempre o acharam perigoso antes de conhecê-lo, após conhecê-lo, se tornam grandes amigos.


Aprendeu a ser gentil com as pessoas e me ensinou que, para ensiná-lo, eu precisava aprender a ser paciente e perseverante.


Quando ele completou quinze an
os, percebi que meu grande amigo estava velhinho; o veterinário me disse que os quinze anos dele equivalem aos oitenta e cinco ou noventa anos nossos. Ele já não corria e muito menos andava como antigamente, mas o amor que demonstrava era suficiente para amá-lo mais e mais.

Seus olhos falavam com os meus, e, quando percebi que estava na sua ultima fase, eu me preparei para passá-la cuidando muito dele, pois nestes anos todos, quem cuidou de mim foi ele e agora havia chegado a minha vez.


Dois anos depois, aos 17 anos, meu grande amigo fez a passagem final. Em seus últimos momentos, eu e meu marido estávamos ao seu lado, e assim ficamos até seu último suspiro. Para nossos amigos de quatro patas, é muito importante que fiquemos juntos nesta ocasião, pois isso faz com que sua passagem seja mais tranquila.
 
Que esta mensagem seja levada para todos que tem um animal e não entendem o quão responsáveis devem ser, desde que optaram em ter este animal.


Luz e Paz,

Marilda Jorge

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