Musica de Herbert Vianna.
Texto enviado por Gloria Toy, obrigada pela colaboração.
Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada de ninguém, nem falar o que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda esta busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?
Uma coisa é saúde e outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é auto- imagem. Religião, é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer, não. Estria é caso de policia. Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só, pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem, imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, o coletivo. Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude.
Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.
“Cuide bem do seu amor, seja ele quem for.”
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